So many nights...
"Só se tem uma morte e eu tenho que estar pronta.
Foi dormindo ao lado dele, que me desapeguei de vez
e o mandei embora
vendo seu resonar e o meu desapego.
Marilha pensando, Fernando ao seu lado, dormindo como quem acredita que se precisa estar vivo para morrer. Por isso comia normal, trabalhava e montava um coidiano, o acaso, como se não fosse premeditado o sono pra depois acordar.
Tudo num ritmo pronto como se tudo o que ele fizesse fosse viver, enquanto eu acordava tão ali ao lado morria e me preparava pra morte
Tenho que estar pronta
morrer requer preparo.
E se for de dia que eu esteja pronta, que eu esteja viva para ir em paz.
Tinha medo tanto do sono como dos sonhos e o quarto sem vigilia, sabia, e Fernando tão ápatico ao seu lado não velaria nem por ela nem por si mesmo.
E nada seria melhor do que o compromisso para aparar na rede o tombo de um salto tão desprevenido que era viver."
Marcadores: e essa angustia de viver a 18 anos por hora
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