quinta-feira, setembro 02, 2010

passando a tarde, essa vida menos amena e a juventude, é porque acordei pouco e o muito era o sono, os livros na estante, entrando e as roupas espalhadas, essa bagunça por dentro e era eu, eu nas roupas e livros, eu no que você não via dentro dos anos, mas não passaram.

essa voz irritante que dispersa, há uma distancia, um vão que me da uma vista tão linda e separa, deixando ficar apenas o contorno do seu rosto, e você nos discos nas ruas no retrato mais antigo de família surgindo dentro dos carros nos traços esquecidos, em mim.

é assim que me exponho, nesse disco arranhado quando o cantor em vez da pausa pula para o te amo e fica sem saber o que fazer, é disso que eu falava naquelas tardes enquanto você perguntava e seu cheiro pelas coisas e não consegui explicar, mas pulou e engasgando pensei ouvir, era só o disco

nunca esteve, não estaríamos mesmo dispostos, esse apego que você desenvolve fácil agregando sentimentos é tão antigo e inseguro, essa bagunça de idéias, preste atenção, tudo esta separado, solto, nada é mais junto, a estante abarrotada nunca servirá a não ser para adjetivos, a vida mora fora, fora dos lps que ninguém mais tem, nos corpos pela cidade, e passeiam e se divertem, entende bem o que não existe, esses anos que você alega quietamente se envolvem e separam também, é o processo natural, as partidas com horas ou eras virão, mas fica a lembrança, você sempre soube guardar coisas, se apega aos teus demônios, tuas perturbações, mais políticas e te liberta, a vida não é mais que isso, essa superfície e você afogado procurando respirar...