sexta-feira, agosto 17, 2007

Esses cafés escuros...

Entender teu pedido de socorro, teu grito de alerta a mil por hora dentro de um sonho vadio, já não somos tão jovens para não perceber o que se passa, que teu cigarro aceso, o que minha conversa fiada quer dizer, falemos assim do modo claro, nada foi além do que sempre foi, mas dito.

-Não fui eu que pulei da ponte, que burlei o espaço, que disse o que naquela hora não podia. É bem claro mas nós antes sabiamos muito mais.

-Estou cansado, talvez velho demais.

Teus medos, métodos de fuga, que de dor ou de estrago se resumia em não estar. Era lógico que o rodar do som ecoando pelas caixas na sete de setembro e o mês de janeiro mal começado, tarde demais. Destoante, simples o mundo posto ali, dentro da viola, dentro da guitarra, era aquilo e a fumaça única que saia dos nossos cigarros, aquela coisa a ser guardada dentro do blusão, por baixo de tacos, imbutida nas faixas sobrepostas, trilhas fixas ao ouvir de quem passava, era o Rio de Janeiro num nublado em pleno verão, em uma tarde composta, programada para ser suave e sol, you haven't really changed.

Esse entrecortar suave que destoa, era nítido perceber que depois que partidas fossem tomadas,que teu rumo seguiria sem retornos e o meu manteria um movimento aleatório mas não contrário, que seriam duas vitrolas, dois players a tocar independentes, compativelmente independentes dentro dos quartos com camas e sapatos pelos cantos, uma volta pelo quarteirão, If you want me I'll be in the bar.