sábado, setembro 19, 2009

em construção

ninguém entenderia bem aquela porta entreaberta,
vagarosamente tudo o que significava lar foi se perdendo em um cotidiano
o bule bule
cadeira cadeira,
a presença mudando suas feições dentro dos dias
ainda persistia um amor no cuidado

desse novo se mantinham regadas as plantas
mudas as panelas se aqueciam diariamente

na reconstrução de cada detalhe sobre a mesa,
do casal que se via no porta retratos,
até que entenderam que o lar eram eles
que a cama forrada era cama
e com o amor dos corpos um ninho
quando se desfia uma peça
se costura outra
com as linhas da vida.

sem revisões

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Ignore aquele poema
os sinais agora são outros
há um muro verde como vista da janela

{já não nos projetamos no futuro
nem nos baseamos no pasasdo
e no presente, nesse material concreto
construimos casas e abrimos janelas
estamos presos e é preciso escapar.}

nosso amor se encontra dormindo
e o lar se transformou em uma fortaleza
(somos fortes)
não há o que temer
e por isso tememos o impossivel

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